No seu puro pensar,
Ambicionava uma oportunidade,
Maneira de conseguir escapar,
Partir rumo à liberdade.
Jamais a iriam encontrar,
Estaria fugida à sociedade
Que se deseja apoderar
Da crua, tenra ingenuidade.
Farta de dramatizar,
De inverter a realidade,
Queria ir-se apaixonar,
Aproveitar o tempo e a idade.
Engolir golfadas de ar,
Viver uma vida de verdade,
Não tencionava mais representar,
Agir com frieza e maldade.
Pela vida ir-se-ia apaixonar,
Desfrutar da felicidade,
O mundo iria desvendar,
E por este expandir a bondade.
A sua mente iria desenevoar,
Dilacerar a dor que a invade.
Concluindo, para terminar,
Aceitaria a sua singularidade,
A sociedade não iria mais importar,
Preservaria a sua identidade.
Marry.
Colors Of Neutro
"Fechava os olhos e via. Via o que se vê com os olhos fechados. Isto é o que se vê quando fechamos os olhos e continuamos a ver: a cor negra e os pequenos seres de luz que a habitam. E não se consegue olhar fixamente nem para o negro nem para a luz. Os pontos ou as linhas ou as figuras de luz fogem da atenção.O negro é tão absoluto, tão profundo e tão infinito que o olhar avança por ele sem encontrar um lugar onde possa deter-se." - José Luís Peixoto.
sábado, 13 de outubro de 2012
sábado, 22 de setembro de 2012
Submersa
Estou submersa. Estou submersa num mundo banal, cruel, frio.
Estou submersa num mundo que não me deixa respirar, que me julga a cada segundo que passa, que me segue para todo lado, que não me permite aceder à liberdade, que não me compreende. Quero respirar, emergir desta escuridão que me envolve... Posso imaginar-me a conseguir vir à tona, sentir o sol a brilhar sobre mim e a escuridão a ficar para trás, nas profundezas... Mas, viver a fingir, será viver?
Será que estas águas densas possuem luz dentro de si? Será que existe no meio desta imensidão, um ponto de refúgio, ainda assim submerso? Será que o consigo encontrar, sem qualquer mapa ou indicações? Talvez não tenha de o procurar, talvez esse cantinho esteja atravessado no meu destino. Esperemos que sim, porque se tal não existir, a minha única escapatória para não morrer afogada, será emergir, mas não me deixam fazê-lo, é algo impossível. Sem emergir e sem ter o meu desejado e constantemente sonhado cantinho, o que será de mim, nestas infinitas águas escuras?
Perder-me-ei no nada, na banalidade, na injustiça... Na frieza do ser humano.
Marry.
Um pequeno grande erro
Já imaginaram a sensação de que quando com um pequeno ato, um pequeno grande erro, destruímos quaisquer possibilidades de ter o futuro que sempre desejámos? Bem, não são todas as possibilidades, mas pelo menos dificulta bastante alcançar o nosso sonho de vida... Teremos de trabalhar a dobrar, ou mesmo a triplicar, se necessário. Normalmente, as pessoas dizem que é errado olhar para trás e que o que está feito, está feito e que por vezes, não há nada a fazer. Bem, isso de não haver nenhuma possibilidade de alterar o erro, aplica-se a mim, mas não é algo que eu consiga simplesmente deixar para trás, quando isso pode vir a afetar muitas coisas na minha vida futura. Talvez apenas tenha de me conformar em relação a isso, mas é difícil. Pode vir a afetar algo pela qual sempre trabalhei e me dediquei. Tenho medo, mesmo muito medo das consequências que posso vir a ter. Nestes últimos meses, tenho realmente cometido muitos erros em relação a mim que há uns anos jamais cometeria, mas apesar de tudo isso, acho que não mereço que o meu maior desejo futuro seja despedaçado por causa de um desses erros... Bem, por causa de todos esses erros, porque todos os outros levaram ao erro que pode influenciar drasticamente a minha vida.
Bem, conformando-me, vou continuar a lutar pelo meu sonho, independentemente das dificuldades que se atravessem no meu caminho. Vou atravessá-las de queixo erguido, ou pelo menos vou fazer um esforço para que isso se concretize. Parece que quando finalmente tudo está bem, vêm mais coisas atrás de coisas para me afetar. Parece que não estou destinada a ser um pouco mais feliz. Sim, porque nunca ninguém é totalmente feliz, mas eu gostava de ser um pouco mais. Enfim, mas ao menos não estou com uma atitude muito masoquista e estou a aceitar tudo isto até bastante bem, apesar de me deixar triste, claro.
Paz, paz, paz, paz, paz. É a minha palavra preferida, tenho a certeza. É tudo o que mais quero. Acima do amor, da verdade... O que mais desejo neste momento é paz.
Marry.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
The Strokes
And Rock n' Roll rulles here ! Yeaaah...
Apaixonei-me por esta música dos The Strokes, sem dúvida tem qualquer coisa.
Se não fosse a música, sinceramente não sei o que seria de mim. Dá-me tanta calma, ajuda-me a solucionar problemas e é como se me arrumasse a cabeça que normalmente está uma confusão. Oh musica, como eu te amo e como dás sentido à minha vida.
Vida sem música... Não é vida.
Marry.
Apaixonei-me por esta música dos The Strokes, sem dúvida tem qualquer coisa.
Se não fosse a música, sinceramente não sei o que seria de mim. Dá-me tanta calma, ajuda-me a solucionar problemas e é como se me arrumasse a cabeça que normalmente está uma confusão. Oh musica, como eu te amo e como dás sentido à minha vida.
Vida sem música... Não é vida.
Marry.
domingo, 2 de setembro de 2012
Quero Fugir
Vou fugir. Vou deixar para trás a realidade. Vou partir para o meu mundo, onde tudo está bem e o ódio e a arrogância estão extintas. Libertar-me-ei da minha actual vida, da horrorosa sociedade em que vivemos hoje em dia. Partirei rumo ao desconhecido, numa viagem sem destino ou retorno. Vou conhecer os sete cantos do mundo, vou viver no seio da Natureza, e esta absorverá a minha dor, angústia e mau-íntimo. Vou subir ao cume mais alto da montanha mais alta... Vou ser livre.
Não quero viver na realidade, é demasiado deprimente... Esta julga-nos e faz-nos sentir mal com nós mesmos, quando no fundo, todos somos seres perfeitos e não nos devíamos torturar. Não temos razões para nos sentir deprimidos e de baixa auto-estima. A sociedade é que cria uma ilusão de perfeição na nossa cabeça, nos nossos olhos e o nosso espírito acaba por ficar esbatido no esquecimento. O espírito é que faz de cada um um indivíduo. Estou farta de me sentir mal... Estou farta de ser julgada, ninguém tem o direito de me julgar. Sou como sou e devia ter mais orgulho nisso.
Quero fugir, quero libertar-me, quero fugir dos que me rodeiam, quero esquecer que vivo, para assim conseguir viver. Não me quero limitar a existir, quero viver cada sensação que o mundo me oferece, mas ao mesmo tempo quero ser capaz de combater o ódio que por vezes sinto em relação à minha pessoa... Não por culpa minha, mas por culpa das mentes perversas e ignorantes que me consomem aos poucos e me rodeiam. Quero conseguir combatê-las. Sou mais do que elas. Sei que sou.
Vou atingir o inatingível, vou alcançar a liberdade e paz de espírito. Vou criar uma barreira indestrutível à volta do meu espírito, que jamais será perturbado. Acima de tudo, vou viver e ser feliz...
Sinto-me estranha ao escrever que me quero livrar de todas as pessoas que me atormentam, quando algumas delas, são pessoas que amo, ou pelo menos devia amar. Julgam-me, sem compreenderem que não se deve julgar, ou pelo menos não se deve fazê-lo sem primeiro pensar nos motivos dos actos dos outros ou do seu comportamento.
Esta sociedade e certas maneiras de pensar que encontro no meu dia-a-dia deixam-me louca.
Marry.
Não quero viver na realidade, é demasiado deprimente... Esta julga-nos e faz-nos sentir mal com nós mesmos, quando no fundo, todos somos seres perfeitos e não nos devíamos torturar. Não temos razões para nos sentir deprimidos e de baixa auto-estima. A sociedade é que cria uma ilusão de perfeição na nossa cabeça, nos nossos olhos e o nosso espírito acaba por ficar esbatido no esquecimento. O espírito é que faz de cada um um indivíduo. Estou farta de me sentir mal... Estou farta de ser julgada, ninguém tem o direito de me julgar. Sou como sou e devia ter mais orgulho nisso.
Quero fugir, quero libertar-me, quero fugir dos que me rodeiam, quero esquecer que vivo, para assim conseguir viver. Não me quero limitar a existir, quero viver cada sensação que o mundo me oferece, mas ao mesmo tempo quero ser capaz de combater o ódio que por vezes sinto em relação à minha pessoa... Não por culpa minha, mas por culpa das mentes perversas e ignorantes que me consomem aos poucos e me rodeiam. Quero conseguir combatê-las. Sou mais do que elas. Sei que sou.
Vou atingir o inatingível, vou alcançar a liberdade e paz de espírito. Vou criar uma barreira indestrutível à volta do meu espírito, que jamais será perturbado. Acima de tudo, vou viver e ser feliz...
Sinto-me estranha ao escrever que me quero livrar de todas as pessoas que me atormentam, quando algumas delas, são pessoas que amo, ou pelo menos devia amar. Julgam-me, sem compreenderem que não se deve julgar, ou pelo menos não se deve fazê-lo sem primeiro pensar nos motivos dos actos dos outros ou do seu comportamento.
Esta sociedade e certas maneiras de pensar que encontro no meu dia-a-dia deixam-me louca.
Marry.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Texto: Piano
A luz esbatida que atravessava a janela evidenciava as partículas de pó que dançavam pela velha sala de estar à melodia da musica do meu piano. Tocava em cada tecla com todo o prazer do mundo e modéstia à parte, o som que emitia parecia divino. Cerrei os lábios e encostei-me na cadeira. A música que eu eu estava a tocar era demasiado melancólica e esta fizera-me viajar até ao mundo do meu passado, o meu doloroso passado. Assim, com a mágoa a invadir-me o espírito, levantei-me e encostei-me à janela, observando através da mesma. Relembrei-me do dia em que os meus pais me haviam deixado de lágrimas a escorrer pelo rosto e com as mãos a tremer. O pior dia da minha vida. De cada vez que me relembrava daquele som horrível, o guinar dos pneus, arrepiava-me de alto a baixo. O carro batera frontalmente com uma árvore, deixando os meus pais sem vida e uma criança assustada a gritar em estado de choque no banco detrás enquanto via a sua vida a ser destruída, pelo menos parte dela.
Olhei-me ao espelho. Neste, podia observar o reflexo de uma rapariga magríssima, alta e de longos cabelos castanhos que lhe contornavam o corpo até ao umbigo. Os seus caracóis formavam formas estranhas, sendo de longe, definidos. Os seus olhos eram verdes, de um verde profundo e a sua pele era pálida. Envergava negras vestes que lhe cobriam quase todo o corpo do pescoço aos pés. Os seus braços nus ajeitavam a longa saia, mostrando uns sapatos rasos que lhe protegiam os frágeis pés.
Já se haviam passado doze anos desde o dia do acidente, mas para mim, parecia ter sido ontem e doía-me como se tivesse sido há uma hora atrás. Enfim, o que aprendera com os meus pais é que a vida tem muitas surpresas, más e boas, e há pessoas que saem da nossa vida, embora muitas vezes de forma inesperada e há outras que entram nela e a preenchem de novo. Não podemos controlar isso. Por isso, segui em frente, embora continuasse a prestar luto à morte das pessoas que mais amei na vida. O meu sonho de pequena sempre foi cantar e tocar e os meus pais apoiavam-me bastante nesta minha ambição, ao contrário de muitos outros. Assim, tal como eles me haviam feito prometer-lhes, lutei pelo meu sonho e de momento sou uma artista pouco conhecida, mas bastante apreciada pelos demais. Dona de um estilo musical muito próprio, expressava assim as minhas mágoas, melancolicamente.
O meu coração continuava sem ser preenchido por alguém, talvez porque com o trauma de ter perdido as pessoas mais importantes para mim, tivesse medo de perder mais alguém, de modo a que não permitia que alguém entrasse na minha vida assim tão facilmente.
Fosse quem fosse que tivesse a chave para o meu coração, haveria de estar algures no mundo, algures.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Vou desabafar... Acho incrível, hoje em dia o ser humano é tão egoísta e superficial. É o dinheiro que faz girar o mundo e controla as pessoas por completo. Assim, estas acabam por não saber desfrutar e apreciar o melhor que a vida lhes oferece. Ou seja, não dão valor às pequenas coisas. As pessoas perdem a noção de que há coisas que não se podem comprar, como um amor de verdade, um sorriso sincero ou um abraço sentido...
Muitas pessoas dizem que querem e precisam do dinheiro porque este lhes garante liberdade, pois eu acho que é precisamente o contrário, o dinheiro possui-as e fá-las ser controladas pela ambição e poder. A liberdade é algo que não se compra, luta-se por ela. Por isso, neste caso o dinheiro é insignificante, ou quando muito, prejudicador.
Eu não gostaria de ganhar o Euromilhões. Sabes porquê? É uma estupidez tão grande de dinheiro... Assim, poder-se-ia comprar tudo. Tudo estaria ao nosso dispor e não teríamos de lutar por as coisas que queríamos... Elas perderiam o valor que alguma vez lhe poderíamos ter dado.
Enfim, porque é que as pessoas não olham para o céu e pensam: A vida não gira à volta do dinheiro e não preciso dele para ser livre ou feliz. A vida é muito mais para além disso. A vida são sorrisos, abraços, sentimentos, momentos, adrenalina, paixões, experiências... Não é uma luta infinita por dinheiro, aquele que acaba por deformar o mundo aos nossos olhos.
Sê simples, sê natural, sê espontâneo, sê tu mesmo, sê livre, vive. Não te deixes consumir pelo dinheiro e pela sociedade.
"You think you have to want more than you need,
And until you have it all you won't be free." - Eddie Vedder.
Acho que este verso diz tudo.
Acho que este verso diz tudo.
Marry.
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